Contágio, filme por Steven Soderbergh

É possível algum ser humano duvidar seriamente ao menos da hipótese da programação preditiva, em pleno ano de 2023, ao assistir o filme Contágio, de Steven Soderberg, lançado em Setembro de 2011?

O filme trata de uma pandemia originada na China (pela ação de um vírus cuja origem veio de morcegos através da contaminação de porcos) que leva o mundo inteiro ao caos das quarentenas enquanto os heróis da humanidade correm para pesquisar a solução de uma vacina para aplicação global.

Eventualmente alcança-se a salvação e a humanidade sobrevivente passa por um sorteio de loteria para definir quem vai receber a solução primeiro. Há um suspense para saber quem vai ser sortudo, com direito a reportagens de televisão, com grandes dramas, etc. Tudo isso torna positiva a idéia da solução, é claro. O filme não foi feito para isso?

Como obra de “arte”, este filme é uma perda de tempo.

Como obra de engenharia social, parece ser muito produtivo.

Senão vejamos:

Primeiro, a solução parece ser um milagre que veio dos Céus para salvar uma humanidade destinada a outra coisa além da morte. Grandes histerias por mais quinze minutos de sobrevivência, como de costume.

Segundo, as autoridades constituídas, principalmente as “científicas” são exaltadas ao suprassumo, são heróis, sacrificando-se por nós como personagens de uma nova mitologia. Possuem o conhecimento arcano, determinam a diferença entre o Bem e o Mal, e detém o poder de salvar a humanidade que se prostra diante da sua sabedoria. É o caso do Dr. Cheever (Lawrence Fishburne) e de seus associados.

Terceiro, o dissidente que contesta a autoridade é colocado como um mentiroso cheio de cobiça e irresponsabilidade, o arauto do caos e de toda a maldade, papel encarnado no personagem interpretado por Jude Law. É um jornalista inescrupuloso cuja função é indicar a falência moral de toda crítica que ouse questionar a infalibilidade olímpica das autoridades científicas. Ele só pensa em lucro, poder, fama, enquanto suas vítimas são praticamente versões modernas da antiga santidade cristã, com a inocência de cordeiros.

Quarto, normaliza-se a noção da vantagem da aplicação da solução desenvolvida. Os beneficiários dessa medida são vistos como ganhadores de loteria (literalmente), e também é normalizada a idéia da restrição dos controles dos acessos a determinados locais pela confirmação eletrônica de participação na solução.

Com tudo isso temos uma receita pronta para execução pela NOM, contra os interesses de uma população que não só já foi acostumada com a idéia da sua submissão a um sistema, mas que também dá anuência pela sua omissão de um discernimento que foi possível inclusive pela maneira como a cultura preditiva concedeu acesso ao recurso da crítica. Decisivamente, pelo Annuit Coeptis alcança-se o Novus Ordo Seclorum.

Este é um filme de terror distópico, no fim das contas, mas travestido de draminha.

Pelo menos que o filme não fosse tão chato!

Mas é, e bastante.

Ao fim a humanidade se salva, é claro, mas quem a salvará de si mesma?

O ser humano está preso na sua própria fantasia macabra de viver sem Deus, literalmente perdido no espaço, já espiritualmente morto por dentro e apenas aguardando a destruição da sua carcaça exterior.

Nota espiritual: 2,7

Humildade4
Presença3
Louvor5
Paixão (histeria com o terrorismo da morte)2
Soberania (cientificismo)2
Vigilância (creditação das autoridades constituídas, CDC, WHO, etc.)1
Discernimento2
Nota final2,7

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