A ideia do livro rejeita as máximas bíblicas de que “não há nada de novo sob o sol”, e de que “o que está faltando não se pode contar”.
O livro quer tornar a Maldição não apenas aceitável como até mesmo desejável para o transcorrer de um processo de evolução.
Baseia-se nas idéias de Rejeição da Cruz e de Idealismo imanentista.
Acham que a revolução é exterior, mesmo quando dizem o contrário, porque a mudança do homem só serve para a mudança do mundo e da história.
Se fosse revolucionário de fato, o movimento questionaria o Pecado Original. Como não o faz, não passa de mais um recurso na dialética do Ouroboros para nos dar a ilusão de progresso e liberdade enquanto permanecemos escravizados. Fazem parte da mesma religião do homem, porque não tem a coragem de questionar o verdadeiro costume, a verdadeira Lei de seus antepassados, ou seja, a Usurpação contra o Criador.
A verdadeira revolução é a interior, cristã: o Caminho, a Verdade e a Vida – aceitar o mandamento do Amor divino, A Cruz, a Morte e a Ressurreição.
No cúmulo da ingenuidade , o livro apresenta a proposta transhumanista que é nada menos que a entrega da humanidade ao controle de forças ínferas de uma dimensão inferior, é a escolha de Alberich, a traição contra o Amor em busca do Poder.
O livro parece uma grande masturbação mental, uma esperança no futuro da humanidade sem nenhum fundamento sólido, uma transcendência falsa sem verdadeiro objeto (sem Deus, sem Eternidade).
A maior parte das pessoas que se julgam ilustradas pareceu ainda não compreender que o que há de mais moderno, evoluído e revolucionário é o Evangelho, e que nada pode superar esse nível divino de liberdade: a aceitação da Cruz, da Morte e da Ressurreição.
Deseja-se uma insanidade: viver num “mundo objetivo” que seja bom nele mesmo e para todos ao mesmo tempo, isto está completamente ultrapassado pela simplicidade da Mônada, com sua Percepção e Apetição.
O autor supõe que a mudança possui qualidade positiva para os sujeitos da evolução, uma visão antropocentrista ingênua; o que há é o processo de transformação, solve et coagula, ordo ab chaos etc, dissolução e cristalização do Poder, que é o produto final.
Temos a vantagem em retrospecto de ver no que deu de fato, em termos históricos, o entusiasmo e o otimismo da Conspiração Aquariana: um fiasco, a humanidade nunca esteve tão fraca e desorientada, indefesa na sua ignorância e falta de sabedoria.
Espanta sobretudo a ingenuidade diante das promessas da nova tecnologia: tanto a ideia de que o conhecimento se disseminaria (como se o interesse intelectual se propagasse junto com os meios difusores e o ser humano médio deixasse de ser o que é, uma pessoa perdida e desligada do sentido) e que o poder seria descentralizado. A California, que seria o centro da libertação da humanidade, se tornou a sede da dominação tecnológica global, da espionagem, da engenharia social, da tirania tecnocrática, para não falar do resultado da libertinagem na crise das drogas pesadas, miséria social, ruas literalmente cheia de zumbis e pilhas de merda, etc.
Em suma, onde a maior fonte de escravidão é o Pacto Ouroboros, a Conspiração Aquariana se apresenta como falsa liberdade que só muda a aparência do mesmo Velho jogo de poder.
O que temos na verdade é a Impotência Aquariana, que é a falha do poder de questionar a autoridade atual de reconhecer-se como parte do problema e superar seu próprio humanismo, encontrando a verdadeira solução na Transcendência (Peixes). Aquário sem Peixes é como o eterno retorno do Antropocentrismo sob novas vestes, apenas um novo engano.
Nota espiritual: 1,9 (Moriquendi)
| Humildade/Presunção | 1 |
| Presença/Idolatria | 0 |
| Louvor/Sedução-Pacto com a Morte | 5 |
| Paixão/Terror-Pacto com o Inferno | 5 |
| Soberania/Gnosticismo | 1 |
| Vigilância/Ingenuidade | 0 |
| Discernimento/Psiquismo | 1 |
| Nota Final | 1,9 |