“Ele faz, mas depois Ele mesmo destrói.”

Mais uma passagem de O Descortinar da Alta Magia, volume 2 da série Filho do Fogo de Daniel Mastral:

Como esses falsários podem se colocar como sábios, se ignoram que o conteúdo das suas proposições já está integralmente contido como possibilidade espiritual dentro da Revelação divina? Somente, é claro, contando com a ingenuidade humana, e com a ignorância generalizada das coisas de Deus.

Diversos livros bíblicos declaram que o erro na criação humana provém do desvio da liberdade que podia aceitar ou rejeitar o Amor divino.

Quando Deus se vê “equivocado” ou “arrependido”, isto é sempre declarado apenas como um caráter relacional do Criador com a sua criatura, mostrando uma reação de frustração ou decepção para que o ser humano saiba que o seu Deus não é indiferente à sua indecisão, ainda que sempre tenha sabido qual ela seria. A liberdade humana, ainda que totalmente prevista pelo conhecimento divino dos futuros contingentes, não deixa de ser real na própria dimensão da sua manifestação.

Esse testemunho satanista quer excluir da equação justamente o fator mais determinante da situação de fracasso espiritual: a Vontade livre para aceitar ou rejeitar o Amor divino.

Por outro lado, e muito convenientemente, em associação a esta dispensa da responsabilidade moral derivada da Vontade livre, é criada uma mitologia fatalista na qual Deus já teria abandonado o homem como uma criação defeituosa, de modo que nada restasse ao ser humano senão tirar as consequências desse destino já determinado e inalterável.

Isso é uma grande mentira.

Essa mentira é alimentada pelo espírito demoníaco, já apartado da Graça divina, que inveja e odeia a nossa liberdade de escolher o Amor do Pai, porque estes espíritos já decidiram para sempre rejeitar o mesmo. O fatalismo do qual querem nos convencer é derivado da fatalidade de que eles já se fecharam eternamente na sua rebelião, e a tentativa de associar a liberdade humana a essa rebeldia demoníaca é apenas um gesto desesperado de quem só tem como consolação, na sua miséria espiritual, a esperança de fazer outras liberdades lhes acompanharem no mesmo erro.

Sim, Ele faz, mas depois Ele mesmo destrói aquilo que fez, quando sua criatura rejeita a Graça de seu Amor e requer, assim, a correção da sua miséria pela misericórdia da sua extinção.

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