“Se é o homem quem erra, não deve ser ele mesmo a pagar pelos seus atos?”

Vejamos mais uma passagem do livro O Descortinar da Alta Magia, de Daniel Mastral:

O sacrifício de sangue é usado para a abertura dos portais interdimensionais porque serve de subsídio legal, de acordo com as leis espirituais.

Isso não tem nada a ver com magia, ou Poder, mas com o sentido espiritual da Liberdade. É a maldade da adesão a um pacto em troca de Poder, em traição ao Amor, que concede legalidade à efetividade da influência dos espíritos infernais por sobre a realidade humana. Ou seja, o Poder em si (ou energia, como se fala com tanta obsessão), é apenas um móbile, uma causa eficiente, movido pela indeterminação singular de uma arbitrariedade livre. Não devemos confundir os meios empregados com as premissas do movimento: o sentido dos rituais sangrentos é a realização da liberdade humana de trair o Amor. Esta é a decisão que legaliza os pactos infernais, e todas as consequências decorrentes.

Para completar a confusão, acrescenta-se sempre a grande mentira de que o Deus verdadeiro tenha pedido sangue Ele mesmo, a favor da consumação da sua Aliança com o homem.

Já vimos antes o erro desta perspectiva nas nossas leituras do Gênesis, bem como do Êxodo. Quem pede sangue em troca de falsas alianças é o Usurpador, o Ouroboros.

Mas para que fique claro: a única Aliança efetiva de Deus com o homem se dá por meio da comunhão entre o Pai e o Filho, isto é, através de Jesus Cristo, o único Sacerdote a interceder com plena Justiça e Direito em nome de todos os filhos dos homens.

Todas as fracassadas tentativas anteriores de Aliança serviram única e exclusivamente para apontar para o sucesso de Jesus Cristo. Pela Lei veio apenas o conhecimento do pecado, mas foi pela Graça do Evangelho que descobrimos a Salvação, a única, a verdadeira.

A quem recusa a simplicidade da Salvação oferecida por Deus, resta apenas a confusão das muitas mentiras que se difundem, nesta tola e breve tentativa de negar a supremacia de Jesus, e o sucesso da sua Obra.

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