Puer Aeternus, livro por Marie-Louise von FRANZ

§ 1. Humildade vs. Presunção: A autora sofre do mesmo mal típico das ideologias psicologistas de encarar o Ignorado como Inconsciente, ou seja, sob o ponto de vista de uma gnosiologia antropocentrista, humanista, sem a intermediação do governo de uma Providência que produza uma Harmonia Pré-estabelecida. Ela chega a defender valores abertamente anticristãos, no sentido explicitamente contrário à Humildade dos cordeiros. Incapaz de entender o valor da inocência do Puer como valor espiritual. O que chama de maturidade, que seria uma saúde psíquica, é a própria Presunção. Não percebe que o psicologismo se tornou uma pretensa arte soteriológica, uma farsa em substituição à verdadeira vida espiritual diante de Deus. O psicólogo se coloca no lugar de um Sacerdote, ou até de um deus. Nota 1.

§ 2. Presença vs. Idolatria: Humanista, psiquista, só possui bens contingentes e limitados à mesquinharia e pequenez deste mundo, não possui praticamente nenhuma abertura para uma transcendência verdadeira que supere a Psique. O idealismo do Puer é uma ficção, apenas uma fuga do mundo real, da contingência que é tudo o que existe para a autora. Compara Cristo à arquétipos mitológicos ligados à idéia do Puer, como Tamuz, Atis, Adônis, Dionísio ou Eros, como o Deus-Criança, o Deus da Juventude Eterna, o Deus da Vida e da Ressurreição, em suposta guerra contra a divindade do limite e da restrição, o Senex. Não compreende que o problema da liberdade cristã não é a violação do Limite, mas a aceitação da Mistura como se fosse constituição do Limite. O idealismo do Puer não aceita uma falsa restrição produzida pela pretensão do arbítrio humano, derivado por sua vez do espírito de Idolatria. Nota 2.

§ 3. Louvor vs. Sedução-Pacto com a Morte: Cria a angústia da necessidade de se aproveitar uma vida para realizar a tal individuação, senão algo de bom estará perdido para sempre. Exige que o Puer se defina com relação à objetivos e metas limitados pela contingência, ou perca definitivamente a possibilidade de se realizar nessa estreita experiência de vida. Nota 2.

§ 4. Paixão vs. Terror-Pacto com o Inferno: Dá o testemunho de uma visão fatalista e trágica do mundo. A todo momento fala de destinos trágicos. Coloca-se como serva do Inferno, prendendo, como faz a Astrologia, as vítimas de uma fatal consecução de fatos dentro de uma prisão sem saída. Não tem nenhuma noção do valor da Cruz, da confiança numa Redenção que venha desde o divino para resgatar o humano. Se o ser humano não se salvar, não terá salvação. Tem uma visão realmente abominável da realidade humana. Nota 0.

§ 5. Soberania vs. Gnosticismo: Testemunha pela estrita interpretação de experiências e sonhos desde o esquema arquetípico que aprendeu com seu mestre, aquele satanista enrustido chamado Jung. Não tem a menor noção da verdadeira liberdade cristã, e portanto não compreende a sua própria restrição voluntária aos esquemas de crenças do psicologismo. Por isso só pode condenar a liberdade interior do Puer como uma fraqueza. Nota 2.

§ 6. Vigilância vs. Ingenuidade: Interpreta o mundo e a vida humana desde um ponto de vista ingênuo, sem condições de identificar a estrutura elementar da experiência humana definida pelo próprio arbítrio. Para quem fala tanto de responsabilidade sobre a realidade, não enxerga a primeira das responsabilidades, que vem do Pecado Original. Condena a suposta imaturidade do Puer, mas ela própria não se enxerga escondendo-se o tempo todo por trás da narrativa de supostos destinos trágicos, etc., como se o ser humano não tivesse desde o início o poder de buscar para si e para o outro a liberdade. Nota 3.

§ 7. Discernimento vs. Psiquismo: Obviamente dá um testemunho dessa visão de mundo grosseira e rasteira que interpreta tudo desde um mecanicismo psíquico simplório, como se diante de um dado fato não existisse liberdade senão pelas alternativas identificadas nos esquemas mapeados pela sua visão de mundo humanista, fatalista, etc. Nota 2.

Nota espiritual: 1,7 (Moriquendi)

Humildade/Presunção1
Presença/Idolatria2
Louvor/Sedução-Pacto com a Morte2
Paixão/Terror-Pacto com o Inferno0
Soberania/Gnosticismo2
Vigilância/Ingenuidade3
Discernimento/Psiquismo2
Nota final1,7

Um comentário em “Puer Aeternus, livro por Marie-Louise von FRANZ

  1. Goyim Product Recall: The German Jesus

    Fritz Veigel, born on May 4, 1908, in Heilbronn, passed the first theological service examination in Tübingen in the spring of 1931. As a city vicar in Blaubeuren, he was involved with the German Christians, also with propaganda writings. In 1935, Veigel moved to Thuringia. A return to the Württemberg pastoral service was denied to him due to his beliefs. He died as a soldier on March 7, 1942, at the Eastern Front.

    Source: Fritz Veigel, The Brown Church, Stuttgart-Berlin: W. Kohlhammer, n.d. (1934).

    “If one asks us: Is Hitler a Christian? we confidently say: Yes! For neither does saying “Lord, Lord” make one a Christian, nor have the speakers of the Christian churches outside their professional sermons used a more pious language than he. Moreover, it is nonsense to ask such a question. Have we not been tormented long enough with such trivialities or pieties as: Is Goethe a Christian? Is Emperor Wilhelm a Christian? If such questions must be asked, then was Christ a Christian? We are not a) humans, b) Christians, and it is not our Christianity that makes us just, but how we are human is what is measured—if at all measured by human standards. Truly, Christ did not come into the world as a foreign addition, but ‘he came into his own,’ and his dominion and glory do not stop at the church boundaries!

    To us, Hitler is the German man of God, who lives prayers in incomprehensibly great brotherly love and has affixed his will to God’s wonderful omnipotence. Just as Luther once fought the struggles and victories of an entire era in his breast, so Hitler is for us the dawn of a new millennium—the German history and church history. Just as Luther gave a great emphasis and a unified face to a fragmented, multi-voiced, noisy time through his faith and his deeds, so Hitler is for us the norm of the present and the guarantor of the future, and therefore all our pious insights, plans, and hopes also originate from this name.

    Luther took the leap out of the deepest, most pronounced piety of his time, went out of the monastery in faith into the world because he no longer wanted to fill God’s ears with his vain and arbitrary piety—and he believed.

    Hitler endured in the starkest reality and worldliness of the world, although and because it seemed completely abandoned by God, and did not want to suffer the divine blessing to leave this world—and he believed.

    And in both cases, the faith of a new century began with their deeds. And in both cases, armies of evil spirits were swept away as if by a blow. Mammonism, pacifism, materialism—the idols of the most recent past. Before the new faith, they become small wretchednesses.”

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