Como evitar a hipocrisia do anti-semitismo cristão (cabalafobia, rabinofobia)

É tão fácil, como muitas vezes já foi na história, assumir uma postura anti-semita num mundo tão bagunçado como este em que vivemos, já que parece haver um esforço contínuo do outro lado da mesa por criar e manter uma imagem de superioridade que parece insuportável aos olhos do restante do mundo.

A eleição de Israel acima das nações hoje não é tão reconhecida por meios religiosos. Isso com a exceção da atuação das lideranças no mundo cristão evangélico, boa parte delas ou mesmo todas sendo quadros formados dentro da Maçonaria. Em geral, porém, há um reconhecimento indireto dessa eleição pela vitimização de Israel na cultura, não por meios tão religiosos, mas por meios históricos, principalmente com o Holocausto.

Dito isso, qualquer não judeu pode cair rapidamente na tentação anti-semita, e digo tentação porque há uma dialética própria no Sionismo que consegue se alimentar do próprio ódio contra os judeus para fortalecer a causa do Grande Israel no Oriente-Médio.

Falando aos meus, aos cristãos de fato ou de nome, convém fazer o alerta que nos importa mais, na obediência ao nosso Senhor Jesus Cristo que nos alertou contra o pior dos males: a mentira da hipocrisia. Não faz muito sentido dizer que os judeus mataram Jesus, já que foram os judeus que também o seguiram como primeiros apóstolos. Mas faz todo o sentido dizer que foram indivíduos mentirosos e hipócritas que mandaram matar Jesus, principalmente as lideranças religiosas da época.

O Mestre mandou tirarmos a trave do nosso olho antes de querer apontar o cisco no olho do outro.

Ora, eis a hipocrisia do anti-semitismo cristão, do ponto de vista religioso: todo religioso cristão tem a sua Cabala e os seus Rabinos, isto é, a sua Tradição e os seus Mestres. E estes disputam autoridade e poder com o Altíssimo, que é o único Legislador e Mestre de direito sobre os seus fiéis.

Muito mais grave do que o cabalismo e o rabinato dos outros, é o que ocorre dentro da nossa própria casa, por responsabilidade de nós mesmos.

Essa atitude deve ser denunciada todas as vezes. E à denúncia deve vir acompanhado um esclarecimento sobre a natureza maléfica da Tradição e do Magistério.

Toda Tradição é condenável por ter raiz na Tradição Primordial, isto é, no Culto do Ouroboros, e por ser um meio de poder para a perpetuação daquele Pacto Ancestral com a Antiga Serpente do Mundo.

E todo o Magistério é condenável por ser uma usurpação da autoridade divina e um obstáculo ao desenvolvimento do relacionamento verdadeiro com o Criador, obstruindo a verdadeira consciência, discernimento e responsabilidade.

Não precisamos de Tradição e nem de Mestres, pois temos o testemunho do Amor que o Deus vivo instala nos nossos corações, desde que estejamos dispostos a isso. Basta vivermos no Amor e darmos testemunho fidedigno dele.

Toda acusação é vazia: o cristão verdadeiro não acusa, e o cristão religioso acusa como hipócrita mentiroso que finge que não faz igual, quando faz pior ainda, porque pelo menos os judeus podem alegar o desconhecimento do verdadeiro Messias, mas o se dizente cristão não tem desculpa.

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