Porque a negação de Jesus como Filho de Deus é idolatria

Já falamos, múltiplas vezes, da pena de morte por decapitação para todos os cristãos que reafirmarem a divindade de Jesus como Filho de Deus como punição pela desobediência à primeira das Leis de Noé (Noahide Laws) a serem implantadas durante o período da Grande Tribulação.

Mas a consciência do cristão deve estar tranquila com relação a sua própria crença, não movida por uma obediência a uma programação externa, como é o caso dos religiosos que perseguirão os cristãos espirituais a mando dos seus líderes, mas por uma convicção interior. No intuito de esclarecer a razão dessa convicção, convém entender porque a realidade espiritual vai na direção contrária ao suposto motivo que justificaria a perseguição dos cristãos na aplicação das Leis de Noé.

A verdade é que a negação de Jesus como Filho de Deus é a verdadeira idolatria, pela simples razão de que o nosso Deus, revelado como o puro e supremo Amor, não pode ser quem Ele é, íntegro e perfeito, se não realizar a sua natureza em Si Mesmo, ou seja, se depender de uma Criação exterior para ser um amante verdadeiro.

Isto quer dizer que o “deus” que não é Pai e Filho não é amante e amado em si mesmo, de modo que o seu relacionamento com a criação não é gratuito e analógico ao relacionamento entre o Pai e o Filho, mas uma necessidade para que pudesse ser amante de fato. Ora, o “deus” que precisa criar algo exterior para ser deus não é deus de fato, pois não tem uma essência absoluta, somente relativa (é somente um “deus” perante uma criatura que o reconheça como tal neste relacionamento). Assim, o “deus” que precisa de uma criação para ser deus plenamente não tem em si a verdadeira substância divina do Deus que é sempre suficiente em sua natureza interior, e portanto é sempre um falso deus, um ídolo.

Quando Jesus revelou o Pai como Amor, revelou-se a si mesmo como o Filho que satisfez eternamente a natureza amorosa de Deus.

As Pessoas divinas do Pai e do Filho não negam a unidade de Deus, ao contrário, reafirmam essa unidade, desde que para ser apenas Um e Absoluto, Deus experimenta a realidade de ser amante e amado eternamente em Si Mesmo de modo perfeito, totalmente independente de qualquer ato criativo no tempo, ato este que sempre é gratuito e analógico ao Amor perfeito que Deus realiza eternamente em sua própria essência divina.

Quem tiver olhos para ver e ouvidos para ouvir compreenderá esta mensagem. Através de Jesus Cristo nós adoramos ao Deus verdadeiro.

Por isso Jesus é O Caminho.

Por isso o Pai disse: “Eis meu Filho, em quem tenho prazer“, e o Filho disse: “Ninguém vai ao Pai senão por mim.”

É um testemunho do Amor verdadeiro que o Eterno realiza em Si Mesmo, e do qual provém todo gesto amoroso a toda criatura.

É evidente que isso tudo não muda o relacionamento do cristão com os seus irmãos menos esclarecidos.

Judeus e muçulmanos podem querer arrancar as nossas cabeças porque nisso darão o testemunho da sua filiação espiritual.

Nós não pediremos por nenhum ato de violência, ao contrário, incentivaremos a consciência e a responsabilidade, o perdão e a misericórdia, dando testemunho da nossa própria filiação espiritual.

E pelos frutos todos conhecerão a árvore.

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