
Uma das indicações mais fortes, senão mesmo a maior delas, entre as alegadas por Gabriel Ansley para justificar a previsão do retorno de Jesus Cristo a este mundo em Setembro de 2028 se baseia na profecia a respeito da Figueira, símbolo de Israel: desde que ela ressurja, a geração que viu o seu ressurgimento não passará sem que aconteça tudo o que foi profetizado a respeito do Fim do Mundo.
Ora, este Estado de Israel surgiu em 1948.
Se uma geração, usando a régua bíblica, dura de 70 a 80 anos, isto quer dizer que esse relógio escatológico se encerra no ano de 2028.
Dentro de seis meses teremos uma condição bem razoável de avaliar a assertividade da previsão de Gabriel Ansley, ao menos na direção de certas profecias e sob certos aspectos.
Mas é interessante observar como é que se chegou nessa data de 1948, o que certamente não ocorreu por acaso. A história da Figueira replantada na Palestina envolve a geopolítica européia e norte-americana, como podemos checar ao verificar o papel que os Rothschild teriam desempenhado no sentido da fundação do Estado de Israel.
Começamos com a situação na Primeira Guerra Mundial: a Inglaterra teme o domínio alemão no continente, e a Alemanha por sua vez teme o crescimento do potencial industrial da Rússia no futuro. Tudo estava pronto para o início da guerra em 1914, e de fato quando o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, isso chamou a Rússia, que por sua vez chamou a Alemanha, que por sua vez chamou a França e então a Inglaterra.
Mas eis que em 1916 os Aliados não somente não tinham garantido a vitória, como poderiam muito bem sofrer um colapso a partir do momento em que a Revolução na Rússia gerasse um colapso do front oriental. Era preciso trazer os EUA para a guerra contra a Alemanha. Mas como?
A solução veio pela mão dos Rothschild em acordo com o governo inglês: em troca da garantia da entrada dos EUA no conflito, vencida a guerra e destruído o Império Otomano, os ingleses, ao invés de cumprir sua palavra com os árabes que apoiaram os Aliados em troca da sua independência política, trairiam essa promessa e administrariam a Palestina eles mesmos. Adicionalmente a essa traição contra os árabes, eles fariam concessões aos colonos judeus enviados para a região com o financiamento dos Rothschild, com a permissão de comprar terras e criar milícias locais sem a interferência da administração inglesa.
Por um lado você tem a intenção claramente sionista dos Rothschild, mas por outro lado há também o meio de obtenção da entrada dos EUA na guerra, que é claramente o da política maçônica de influência e infiltração, possivelmente com a chantagem do Presidente Wilson para forçar a participação americana.
Com a entrada dos EUA e a virada na guerra, o governo inglês selou sua parte do acordo na chamada Balfour Declaration de 02 de Novembro de 2017, carta assinada pelo Secretário de Assuntos Estrangeiros do Reino Unido e dirigida a Lionel Walter Rothschild, formalizando o acordo feito com os sionistas e a traição contra o povo árabe. Eis o documento, com a tradução abaixo:

“Escritório de Assuntos Estrangeiros,
02 de Novembro de 2017.
Caro Lorde Rothschild,
É com muito prazer que lhe trago, em nome do governo de Sua Majestade, a seguinte declaração de simpatia com as aspirações judaico sionistas, que foi submetida e aprovada pelo Gabinete:
‘O Governo de Sua Majestade enxerga favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o povo judeu, e usará seus melhores esforços para facilitar a conquista desse objetivo, estando bem claro que nada será feito que prejudique os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas da Palestina, ou os direitos e status político usufruído pelos judeus em qualquer outro país’.
Serei grato se você puder levar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
Arthur James Balfour“
Dito e feito, com a derrota da Alemanha e a decomposição do Império Otomano, a Palestina, ao invés de ser entregue para a formação de um Estado Árabe, foi administrada por um governo inglês que permitiu e facilitou o processo de migração de colonos judeus e a formação de milícias locais sionistas, empreendimentos financiados pelos Rothschild.
Passando para a Segunda Guerra Mundial, temos a Alemanha e a União Soviética se armando rapidamente e gerando grandes desconfortos na Europa. Novamente uma situação de caos surgia no horizonte, oferecendo novas oportunidades para a mudança do status quo.
Depois que a Alemanha invadiu a Polônia e a França, e quase derrotou a Inglaterra, ficou claro que os colossos militares alemão e russo colidiriam em 1941 e então toda a Europa ficaria à mercê de quem saísse vitorioso dessa luta. Perigosamente, poderia ser a Alemanha de Hitler, que estava muito mais fora de controle do esquema maçônico internacional do que a URSS de Stalin. Novamente, era preciso trazer os EUA do seu isolacionismo para a guerra mundial. O acordo, desta vez, consistiria na participação norte-americana, primeiro via Lend-Lease para a Rússia e a Inglaterra, e então com participação militar direta, em troca da concessão inglesa do território administrado na Palestina para um Estado Judeu a ser criado no pós-guerra, sem nenhuma interferência na guerra que os sionistas fariam contra os palestinos.
Desta vez parece que o acordo foi muito mais fácil porque os líderes dos dois lados do Atlântico, ao que nos consta, já eram maçons eles mesmos, tanto Churchill em Londres quanto Roosevelt e depois Truman em Washington. Lembremos que o propósito número um dessa organização é a construção do Terceiro Templo em Jerusalém. Para isso era necessário estabelecer primeiro o Estado de Israel na Palestina.
Dito e feito, em 1948 Israel vence a sua guerra de independência e declara fundado o Estado Sionista na Palestina.
Diante de tamanha capacidade de organização em nível internacional, que chega ao ponto da produção de planos que atravessam mais de um século (v. a carta de Alfred Pike a Giuseppe Mazzini em 1871, por exemplo), que defesa podem os povos da Terra apresentar contra esse tipo de conspiração?
Veja o caso de um Ludendorff: apesar de estar atento ao poder maçônico agindo nas trevas, no fim era considerado um paranóico quase que sem influência nenhuma sobre a política real, tendo sido apenas usado para prestigiar a revolução nazista na Alemanha.
Do mesmo modo os árabes que denunciam que tanto o ISIS quanto o Hamas, e mesmo a Revolução Iraniana que instalou o regime dos aiatolás, sejam operações da CIA e do Mossad, são considerados simplesmente malucos demais para serem levados a sério.
A única solução para esse tipo de cenário, se é que ele é levado a sério, é o foco na vida espiritual em confiança plena no desígnio divino. Não há nada de oculto que não venha a ser revelado. Vamos prevenir novas gerações de nascerem neste mundo decaído e amaldiçoado, e aguardar a execução dos decretos divinos.